Viana do Castelo arranca Capital da Cultura 2025 do Eixo Atlântico
com ambição de ser “exemplar”
O Centro Cultural de Viana do Castelo recebeu, esta segunda-feira à noite, a
cerimónia da abertura da VIII Capital da Cultura do Eixo Atlântico, momento que
integrou um espetáculo multidisciplinar criado e dirigido pelo músico Daniel Pereira
Cristo e contou com a participação de uma centena de artistas em palco.
“Mar Adentro” apresentou-se como uma proposta cénica, que misturou dança,
voz e música, e que contou com a participação especial do artista galego Xabier Díaz.
O espetáculo reuniu a participação de diversos agentes culturais do concelho vianense,
elementos de grupos folclóricos que integram a AGFAM (Associação de Grupos
Folclóricos do Alto Minho), danças contemporâneas (EVIC - Escola Vocacional de
Interpretação e Criação), Cantadeiras do Vale do Neiva, Teatro do Noroeste – Centro
Dramático de Viana e a artista Malva.
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O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, que lidera também o
Eixo Atlântico, Luís Nobre, considerou a associação “uma grande plataforma
eurorregional absolutamente única, diferenciadora, inspiradora e motivadora para a
Europa e o projeto europeu”.
“A Cultura é emoção e a personificação da aproximação dos povos de duas
regiões de uma forma tão particular e única”, realçou o autarca. “Tem sido através do
Eixo Atlântico e, de uma forma particular, através da cultura, que temos construído
este bem coletivo assente no que é a individualidade e a particularidade de cada
cidadão da eurorregião”, considerou ainda Luís Nobre.
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“Estão todos convocados para cumprirmos de forma exemplar esta Capital da
Cultura, para que Viana do Castelo seja vista como uma identidade única que faz
questão de cuidar e preservar a sua cultura e autenticidade”, com mais de 70 eventos
culturais programados para este ano, rematou o Presidente da Câmara.
A Capital da Cultura do Eixo Atlântico é um programa que a entidade tem vindo
a realizar há 16 anos, sendo a atividade, a par dos Jogos, com maior nível de
participação e satisfação dos cidadãos. O evento promove a criação cultural, tanto de
criadores e artistas da Galiza como do Norte de Portugal, assim como a acessibilidade
ao consumo cultural.
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A Capital da Cultura do Eixo Atlântico destaca o protagonismo dos criadores
mais jovens e valoriza a importância das indústrias culturais e a criação de emprego e
de atividades económicas através da criação cultural do território do Eixo Atlântico.
Promove o conceito de “democratização e democracia cultural”, um processo que
procura tornar a cultura acessível tanto ao consumidor como ao produtor.
A Capital da Cultura do Eixo Atlântico é apoiada pela Comissão Europeia através
dos projetos Fénix e TSI, cofinanciados pelo Interreg Espanha-Portugal (POCTEP)
2021-2027.