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Portugal quer entrar para o top 10 do turismo mundial
Por Administrador
Publicado em 29/09/2025 09:30
Nacional
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Portugal quer entrar para o top 10 do turismo mundial

 

Estratégia Turismo 2035 estava pronta para ser apresentada na BTL deste ano, mas ficou na gaveta. Plano tem três drivers: criação de valor, desenvolvimento equilibrado e competitividade.

Anova estratégia para o turismo em Portugal quer criar valor e aumentar a competitividade com o objetivo de colocar Portugal no 10.º lugar no ranking do turismo do Fórum Económico Mundial.

A Estratégia Turismo 2035 estava pronta para ser apresentada na BTL deste ano, mas a opção foi mantê-la na gaveta para ser apresentada mais tarde, tendo em conta a demissão do Governo. O ministro da Economia e da Coesão disse a semana passada no Parlamento que a nova estratégia seria apresentada ainda este ano, pelo secretário de Estado do Turismo.

Esta segunda-feira, o primeiro-ministro, o ministro da Economia e da Coesão Territorial e o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços vão estar na conferência da Confederação do Turismo de Portugal no âmbito do Dia Mundial do Turismo.

Pedro Machado, na mesma audição na Comissão de Economia, frisou que o bom desempenho do setor torna “justificado e justificável que o Governo possa repensar e ajustar a estratégia de crescimento que o país está a ter”.

Citando os dados mais recente do Instituto Nacional de Estatística, Manuel Castro Almeida, disse que tudo aponta para que 2025 seja “o melhor ano de sempre” do turismo em Portugal. “O ano de 2024 foi o melhor de sempre no turismo em Portugal e o primeiro semestre de 2025 está a superar todos os indicadores de 2024. Provavelmente, 2025 vai ser o melhor ano” de sempre, disse o ministro aos deputados.

“Em número de hospedes estamos a crescer 3,7%, em número de proveitos estamos a crescer 8,4%, a remuneração bruta mensal média dos trabalhadores da área do turismo cresceu 7,3%, passou agora para 1.138 euros. É um indicador que valorizo muito porque, no fim do dia, precisamos que as pessoas tenham mais dinheiro no bolso”, explicou.

“Tudo aponta para que, no final deste ano, tenhamos receita direta só de exportações na ordem dos 30 mil milhões de euros”, disse, por seu turno, Pedro Machado, lembrando que o turismo impacta 46 atividades económicas. Para continuar a crescer vai ser lançado o novo plano estratégico que assenta em “três grandes drivers”: a criação de valor dos trabalhadores e do território, o desenvolvimento equilibrado dos territórios e a competitividade.

“Criação de valor quer do ponto de vista do valor percecionado, mas muito em particular do valor por turista e o reflexo naquilo que é a massa humana, os trabalhadores, os salários, nomeadamente, daqueles que trabalham em funções muitas vezes que não são consideradas da primeira linha e onde se inscrevem, por exemplo, os territórios que têm a menor competitividade”, explicou o secretário de Estado do Turismo.

O responsável deu o exemplo do Algarve que “está hoje a diversificar a sua capacidade de oferta, a diversificar a conectividade, sobretudo com a criação de rotas aéreas, de mercados de crescimento, sobretudo de crescimento em valor”. “O Algarve está hoje a crescer na captação dos grandes eventos internacionais, alguns deles Portugal tinha perdido. e que vão referenciar Algarve e o país do ponto de vista nacional”, disse numa alusão ao regresso da Fórmula 1 ao Algarve em 2027 anunciada pelo primeiro-ministro na Festa do Pontal.

A ambição do país é subir duas posições no ranking do Fórum da Competitividade Internacional, e ficar entre “os dez países mais competitivos do mundo” — presentemente está em 12.º lugar, Uma meta que Castro Almeida reconheceu que será “difícil de alcançar”. “Temos atributos para isso”, frisou Pedro Machado. “Temos ativos estratégicos que se justificam a esta ambição. Somos o sexto país mais seguro do mundo. Somos um país conhecido sobretudo por fatores diferenciadores e estou certo que no próximo mês de outubro ouvirão bom testemunho”, vaticinou.

Mónica Silvares - Eco

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