Maior instalação de Zadok Ben-David até à data vai ser apresentada no Museu Bienal de Cerveira
Notícia
Publicado em 10/03/2025

Maior instalação de Zadok Ben-David até à data vai ser apresentada

no Museu Bienal de Cerveira

 

1º Ciclo expositivo do Museu Bienal de Cerveira arranca a 29 de março (sábado), às 16h00

 

Zadok Ben-David vai apresentar, em Vila Nova de Cerveira, a maior instalação até à

data do projeto “People I saw but never met” (Pessoas que vi mas nunca conheci),

num total de 9.300 figuras que serão colocadas nos 550m 2 da sala principal do Fórum

Cultural de Cerveira. O programa expositivo do Museu Bienal de Cerveira do biénio

2025-26 arranca a 29 de março, com a inauguração simultânea de duas exposições.

A sala principal de exposições do Museu Bienal de Cerveira vai acolher a maior mostra individual

do projeto “People I Saw but Never Met” (Pessoas que vi mas nunca conheci) do artista

Zadok Ben-David (1949), que propõe um retrato de uma sociedade global, num mundo sem

fronteiras. A instalação, com curadoria de Mafalda Santos, estará patente até ao dia 25 de

outubro e destacará o mais recente trabalho contínuo do artista.

As peças são inspiradas em fotografias, captadas pelo artista, de pessoas que observou ao

viajar por 22 países da Europa, Ásia Central, Extremo Oriente, Austrália, EUA, Sibéria e

Antártida, captando pequenos instantes da vida quotidiana e reunindo um grupo improvável de

cidadãos globais, incluindo refugiados e imigrantes. A instalação é composta por 9.125 figuras

em miniatura feitas de aço inoxidável, pintadas à mão e gravadas com ácido químico, e cerca de

175 figuras grandes em alumínio, cortadas à mão. Cerca de 2.000 destas figuras foram

desenhadas a partir de pessoas que Zadok fotografou em Portugal, nomeadamente na feira

semanal que se realiza aos sábados em Vila Nova de Cerveira.

Para além da exposição, Zadok Ben-David irá inaugurar também, no Palco das Artes, a nova

escultura de espaço público “Shadow of the Song”, que se junta às cerca de 50 peças

patentes em Vila Nova de Cerveira de vários autores.

Nascido no Iémen e radicado em Israel, Ben-David participou em bienais em todo o mundo,

incluindo a Bienal de Veneza, em 1988. A sua ligação a Vila Nova de Cerveira remonta às

primeiras Bienais Internacionais de Arte de Cerveira, na década de 80, tendo participado em

oficinas e exposições desde então. Atualmente, reside em Londres e mantém uma segunda

habitação em Vila Nova de Cerveira.

Simultaneamente, as Galerias João Lemos Costa e Germano Cantinho, irão acolher a exposição

“SURREALISMO: Um salto no vazio”, patente até 14 de junho, no âmbito do programa

“2023 - Programa de Apoio a Projetos - Rede Portuguesa de Arte Contemporânea” da Direção-

Geral das Artes. Promovida pela Fundação Cupertino de Miranda em parceria com a FBAC, a

mostra tem curadoria de Marlene Oliveira, Mafalda Santos e Perfecto Cuadrado e evoca os 100

anos da publicação do Primeiro Manifesto do Surrealismo, por André Breton (1924). A exposição

reúne uma vasta seleção de obras de artistas e autores portugueses e estrangeiros, desde os

primórdios do movimento até à contemporaneidade, destacando o espírito subversivo e a

liberdade criativa que definem o Surrealismo como uma das mais vanguardistas expressões

artísticas do século XX.

A programação do biénio 2025-2026 da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, F. P. (FBAC) tem

como temática “Territórios sem fronteira”, promovendo a reflexão em torno do conceito de

fronteira nas suas dimensões geográfica, social, mental e política, no contexto contemporâneo e

nos processos de criação artística. A iniciativa integra a candidatura “Territórios sem fronteira”

(Apoio Sustentado - Artes Visuais - 2025-2026) e conta com o apoio da República Portuguesa –

Cultura / Direção-Geral das Artes, tendo sido selecionada em primeiro lugar a nível nacional.

Segundo o Presidente do Conselho Diretivo da FBAC, Rui Teixeira: “O reconhecimento do nosso

programa como o melhor a nível nacional na área das Artes Visuais pela Direção-Geral das Artes

é motivo de grande orgulho. Este novo ciclo expositivo reafirma Vila Nova de Cerveira como um

polo incontornável da arte contemporânea, apresentando ao público uma programação de

excelência com artistas de renome no panorama artístico nacional e internacional.”

De referir que o Museu Bienal de Cerveira é membro da RPAC - Rede Portuguesa de Arte

Contemporânea, da rota “Arte e Arquitetura Contemporânea a Norte” e foi distinguido pela

 

APOM – Associação Portuguesa de Museologia com o prémio de Melhor Museu do Ano (2019).


PROGRAMA INAUGURAL

Fórum Cultural de Cerveira

16h00: Sessão inaugural, Auditório José Manuel Carpinteira

16h30: Inauguração da exposição “Um salto no Vazio”, Galerias João Lemos Costa e Germano Cantinho

17h00: Inauguração da exposição “People I saw but never met”, Sala principal de exposições

Palco das Artes

18h00: Inauguração da escultura “Shadow of the song”

18h30: Verde de Honra

 

EXPOSIÇÕES:

Sala principal de exposições

29 de março a 25 de outubro de 2025

Exposição individual de Zadok Ben-David “People I saw but never met”

Curadoria: Mafalda Santos

Galerias João Lemos Costa e Germano Cantinho

29 de março a 14 de junho de 2025

Exposição “Um Salto no Vazio”

Curadoria: Marlene Oliveira, Mafalda Santos e Perfecto Cuadrado

Coprodução: Fundação Bienal de Arte de Cerveira e Fundação Cupertino de Miranda

Artistas representados: Aldo Alcota, Alfredo Margarido, Alexandre O'Neill, André Breton, Anne Ethuin, António

Dacosta, António Manuel Samouco, António Maria Lisboa, António Paulo Tomaz, António Pedro, Carlos Calvet,

Carlos Eurico da Costa, Cândido Costa Pinto, César Moro, Conroy Maddox, Cruzeiro Seixas, Debra Taun, Dorothea

Tanning, Edouard Jaguer, Enrico Baj, Eugénio Granell, Fernando Alves dos Santos, Fernando de Azevedo, Fernando

José Francisco, Fernando Lemos, Franklin Rosemont, Gonçalo Duarte, Greta Knutson, Hal Ramme, Hans Bellmer,

Her de Vries, Inácio Matsinhe, Isabel Meyrelles, Jean-Jacques Jack Dauben, John Llyod West, João Moniz Pereira,

João Rodrigues, Jorge Camacho, Karel Appel, Kurt Seligmann, Ladislav Guderna, Laurens Vancrevel, Malangatana,

Marcel Duchamp, Marcelino Vespeira, Mário Botas, Mário Cesariny, Mário Henrique Leiria, Max Ernst, Penélope

Rosemont, Paul Garon, Pedro Oom, Philip West, Raúl Perez, Rik Lina, Risques Pereira, Robert Green, Roberto Matta,

Schlechter Duvall, Sergio Lima, Suzanne Besson, Ted Joans, Terance Tarnsnane, Tristan Tzara, Valentine Hugo,

Victor Brauner, Yves Tanguy.

Horário:

 

terça a sábado: 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Encerrado ao domingo e segunda-feira

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