DKC de Viana identifica “Arménia Marítima”, espécie em vias de extinção, na frente ribeirinha ao Centro de Canoagem
Ninhos de Borrelho também protegidos pelo CMIA. Ações da DKC de Viana com resultados determinantes na proteção das duas espécies
Por Administrador
Publicado em 18/07/2025 12:05
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Fotos - José Castro

DKC de Viana identifica “Arménia Marítima”, espécie em vias de extinção, na frente

ribeirinha ao Centro de Canoagem

Ninhos de Borrelho também protegidos pelo CMIA.

Ações da DKC de Viana com resultados determinantes na proteção das duas espécies.

 

A margem esquerda do Rio Lima sita em frente à sede da DKC de Viana tem sido ao longo de 31

anos objeto de ações persistentes de sensibilização e proteção da fauna e flora aí existentes, por

esta associação vianense, tal como tem sido público.

Com o auxílio de algumas entidades locais, e muitos “amargos de boca” provocados por

incompreensão de outras, tornou-se possível diminuir o número de veículos e pessoas que

efetuavam peões destruíam o tecido vegetal.

Face à resiliência da natureza foi possível recuperar uma parte substancial do tecido vegetal.

Com a notícia de populares de que aí se encontravam ovos depositados na areia, foi possível

com essa ajuda identificar em 2019, pelo CMIA e pela DKC de Viana, em plena pandemia,

ninhos (posturas) de Borrelho de Coleira Interrompida.

Com a articulação do CMIA de Viana do Castelo, da autoridade marítima e da DKC de Viana, foi

delimitada área de proteção de ninhos, que nesse local constam posturas de quatro ovos, facto

raro e valioso ambientalmente, uma vez que as posturas usuais são de três ovos.

Em plena pandemia pôs-se em curso uma ação de informação, proteção e sensibilização, com

jovens e crianças da DKC, nessa frente ribeirinha que teve notória divulgação na imprensa.

Nessa época a CMIA colocou em articulação com a DKC de Viana cartazes (do qual apenas resta

um) de forma a informar que esse local é de nidificação do Borrelho de Coleira Interrompida,

espécie protegida em Portugal e monitorizada, da qual apenas existem 1000 casais em Portugal.

A DKC de Viana já identificou 12 casais residentes nesse pedaço de terreno da zona ribeirinha do

Rio Lima.

Correndo os inícios do ano de 2025, e para evitar os transtornos causados por competição

velocipédica, a associação dessa organização articulou-se com a DKC de Viana para evitar que

as bicicletas destruíssem o tecido vegetal, à semelhança do que tinha acontecido em 2024.

Mas não sem antes nos informar que para 2025 tinham as mesmas licencias que lhe permitiram

efetuar a prova nessa mesma margem de terreno.

Com o bom senso a imperar, as bicicletas não foram martirizar esse pedaço de margem e passou

o trajeto em substituição, em terreno do Centro de Canoagem.

Resultado:

- Ao contrário do que aconteceu em 2024 (pelo fato de ter havido destruição do tecido vegetal

pela prova de BTT), este ano os borrelhos nidificaram, o que mereceu a proteção do CMIA das

posturas com a delimitação da área, que ainda hoje aí estão colocadas.

- Este ano a DKC de Viana identificou, com o auxíílio de uma professora que costuma cartografar

e fotografar essa área, uma espécie em vias de extinção em Portugal a “Arménia Marítima”, que

com as ações de sensibilização e proteção da DKC de Viana, aí, agora prosperam.

Apesar da incompreensão de muitos, a natureza agradece e a DKC demonstra mais uma vez a

importância desse pedaço de margem.

Embora existam ainda pessoas que pisoteiam em corrida e com embarcações às costas

deliberadamente esses lugares de nidificação e de crescimento da arménia marítima, mesmo

com os protestos da comunidade da DKC.

Escusado será dizer que membros da DKC, passam nesse local com o devido cuidado.

Os milhares de crianças, jovens e pais que movimenta a DKC de Viana, são envolvidos na

compreensão da proteção da natureza, em especial nesse local, o que já levou a ações de

proteção com jovens e crianças e a CMIA de Viana do Castelo.

Mesmo com o silencio de instituições locais que se dizem protetoras da natureza, mas que neste

caso concreto pouco ou nada tem feito, motivadas algumas delas por motivos políticos que nada

tem a ver com a proteção da natureza.

Algumas delas até já foram até mentoras da tentativa de destruição desse habitat e desse tecido

vegetal.

Mas o que mais importa à DKC de Viana neste capítulo é a proteção das espécies.

E existem muitas outras espécies aí, tais como a salicórnia, outra espécie de borrelho... capítulos

futuros a explorar...

Com a recente identificação da “Arménia marítima” há assim mais motivos para um olhar

diferente, das instituições locais.

Pelo menos é o que se espera e com quem a DKC de Viana vai tentar mais uma vez sensibilizar.

A DKC de Viana continuará a tentar ser um exemplo para os seus jovens e crianças na proteção

do meio ambiente, coisa que faz há 31 anos.

“Categoria de risco de extinção em Portugal Continental segundo critérios IUCN

Em Perigo

Avaliação na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental

Armeria maritima é uma planta de ampla distribuição no hemisfério norte, que em Portugal continental

ocorre apenas em quatro estuários localizados a norte do rio Douro. É avaliada como Em Perigo com base

na reduzida extensão de ocorrência e área de ocupação (cerca de 230 km 2  e 56 km 2 , respetivamente), ambos

em declínio continuado, no reduzido número de localizações (quatro), também em declínio continuado, e

por estarem ainda identificados declínios continuados ao nível da qualidade do seu habitat e do tamanho da

população. As principais pressões sobre a planta são a expansão de espécies exóticas e outras infestantes,

que colonizam as clareiras dos juncais e prados húmidos nas áreas de estuário e acabam por a excluir. Esta

alteração das comunidades é potenciada pela poluição excessiva dos estuários com matéria orgânica. Outras

ameaças são o pisoteio e colheita ocasional de escapos e a utilização de variedades cultivadas em arranjos

paisagísticos no litoral, que poderão hibridar com plantas nativas. Sugere-se o controlo das fontes de

poluição a montante dos estuários, o que contribuiria para minimizar o potencial invasor de diversas

infestantes e exóticas. Deverão ser implementadas medidas de gestão de habitat que promovam a remoção

de exóticas e a abertura de clareiras que possam ser colonizadas pela espécie. Deverá ser fortemente

condicionado o uso de variedades não nativas em intervenções paisagísticas que ocorram no litoral. A

 

população nacional deverá ser monitorizada, com frequência, pelo menos, quinquenal.

Fonte: https://flora-on.pt/?q=Armeria+maritima+subsp+maritima

 

Relva-do-olimpo

Armeria maritima [Muito raro] In Página do CMIA Câmara de Viana do Castelo:

 

Planta perene de até 50 cm de altura, apresenta uma roseta basal de folhas que emite

hastes finas e longas que sustentam inflorescências globulares de flores com uma

coloração rosa brilhante. Por vezes, podem ser arroxeadas, brancas ou vermelhas. As

folhas são estreitas e lineares, com um aspeto geral semelhantes às folhas das gramíneas. A

página superior é levemente pilosa, característica que lhe permite estar protegida contra a

evaporação. Floresce de abril a julho e ocorre em prados húmidos e juncais perto do litoral,

mas também em orlas de sapal e arribas litorais sobre solos arenosos. Em Portugal, surge

apenas em quatro estuários a norte do rio Douro e apresenta uma reduzida extensão de

ocorrência e área de ocupação, ambos em declínio continuado. 

Fonte: - https://ambiente.cm-viana-castelo.pt/bioregisto/armeria-maritima “.

 

Foto/Créditos.  José Castro

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